A produção do chocolate da Prawer no Canal Rural, RBSTV

O programa Canal Rural Na Estrada de hoje mostrou a produção e o transporte de cacau no Brasil. Na Bahia, os preços em alta estimulam os investimentos para combater a doença que dizimou as lavouras. A equipe também entrou na maior fábrica de processamento de cacau da América Latina. E na Serra Gaúcha mostrou a produção de chocolate caseiro na Prawer.
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E abaixo confira o texto:

CHOCOLATE CASEIRO DE GRAMADO (RS)

Na região serrana do Rio Grande do Sul, as belas paisagens merecem várias fotografias. Pelas ruas da cidade, fica evidente o charme da arquitetura inspirada na tradição alemã.
Muitos turistas visitam a serra gaúcha em busca dos famosos chocolates caseiros. Mas estes visitantes nem imaginam o trabalho que dá produzir o cacau usado para fabricar estes chocolates. No pequeno e distante município de Medicilândia, no Estado do Pará, as lavouras de cacau são uma das poucas fontes de renda.
Contrastes do Brasil, diferenças de Norte a Sul. Mas esta é uma outra história para daqui a pouco.
A cidade de Gramado atrai centenas de milhares de turistas todos os anos. Tudo é um deleite para os olhos. O pessoal que visita a serra gaúcha também procura tratar bem o seu paladar. Uma das atrações mais tradicionais da região são as fábricas de chocolate caseiro, como a que equipe do Na Estrada foi visitar. Ela foi fundada há 35 anos. São mais de 100 produtos. O objetivo da visita é justamente ver como é feita a produção e qual a importância da qualidade da matéria prima na fabricação do chocolate.
O segredo começa pelo estoque. Na sala estão guardados todos os ingredientes. Além do açúcar, dois subprodutos do cacau são essenciais: a manteiga de cacau, que é a base do chocolate, e o liquor, a essência escura, responsável pelo sabor e pela cor do chocolate. Tem que ser tudo muito bem escolhido.
– A gente nem pensa em fazer chocolate de menor qualidade porque estaríamos dando tiro no pé – afirma o gerente de produção João Luis da Silva.
A fabricação do chocolate propriamente dita ocorre numa sala onde são misturadas as matérias primas (a manteiga e o liquor de cacau).
– Aqui são misturados o açúcar, manteiga de cacau, leite em pó integral e desnatado e sal. Quando é chocolate branco não vai liquor – explica João Luis da Silva.
Os ingredientes são misturados por 12 horas, a uma temperatura de 60ºC.
– Os processos são semelhantes. Os ingredientes é que mudam. Se eu tivesse chocolate, aí teria percentual de liquor e, obviamente, que estaria marrom.
Depois de preparada a massa do chocolate, é só escolher o formato. Pode ser um Papai Noel, podem ser bombons ou podem ser as tradicionais barrinhas. Só nesta fábrica, são produzidos 600 quilos de chocolate por dia.
A qualidade e as incontáveis opções encantam os visitantes. A empresária Rosimar Puglsey veio de Curitiba com a família.
– Estou levando bastante chocolate. São muito bons. Com certeza vai fazer sucesso. Acho que teremos que voltar para comprar mais.
Mas no Rio Grande do Sul não existem plantações de cacau, muito menos indústrias para fazer o processamento das amêndoas. Três em cada quatro toneladas de cacau produzidas no Brasil vêm da Bahia. Mas a produção no Pará também está crescendo.

Acesse o link para ver todo o conteúdo do programa do Canal Rural assim como as fotos dos bastidores, de Eduardo Ongaro.