O cacaueiro é uma das 430 espécies Sterculiaceae, uma família que se disseminou pelos trópicos, especialmente na África e nas Américas. Mas essa grande família seria apenas mais uma no reino botânico, não fosse a cobiça e a fama que o cacaueiro despertou. Afinal, é das sementes do seu fruto que se originam a manteiga de cacau, o liquor de cacau e... o chocolate!
Os frutos do cacaueiro são alongados ou redondos, como se fossem cápsulas escondendo um rico tesouro. Eles só se abrem quando alcançam a maturação, o que demora de cinco a sete meses. Dependendo da variedade, os frutos podem medir de 12 a 30 cm de comprimento por 7 a 10 cm de circunferência e pesam de 300 e 600 gramas. No seu interior, exibem uma polpa branca e viscosa que se divide em 20 a 50 sementes: as favas de cacau. O tamanho e o formato dependem de sua variedade, das condições do solo e do clima e mesmo da qualidade da árvore.
São mais de uma dezena de espécies de cacau, sendo as mais conhecidas o Criollo (frutos grandes de superfície enrugada, sementes também grandes e interior branco ou violeta pálido) e o Forastero (frutos ovóides de superfície lisa ou muito levemente enrugada e
interior violeta escuro; é considerado o verdadeiro cacau brasileiro).
O desenvolvimento do cacaueiro exige solos profundos e ricos, clima quente e úmido, com temperatura média entre 20º e 25°C, gosta de bastante chuva durante todo o ano e não tolera períodos longos de seca. Em função do clima, o território ideal para o seu cultivo no Brasil se localiza entre Espírito Santo, Bahia e Rondônia. Hoje a Bahia é o maior produtor nacional, seguida do Espírito Santo e da Amazônia, totalizando algo em torno de 75% da colheita brasileira – beirou os 100%, até que a praga da vassoura de bruxa arrasasse as plantações baianas.
No Espírito Santo, o cacaueiro vem sendo cultivado em lavouras demarcadas e sob controle de qualidade, uma vez que o cacau de origem está muito valorizado no mercado. Lavouras foram desenvolvidas às margens da Floresta do Rio Doce, rica em mata atlântica, com um solo fértil e profundo que proporciona um fruto sadio e com sabor característico. A
roça é limpa e podada regularmente, promovendo o habitat ideal para a plantação. Apesar do clima quente e úmido, 50% das lavouras da região de Linhares dispõem de sistema de irrigação, o que elimina os problemas dos períodos de seca. Com estas condições especiais e processo de beneficiamento do cacau sob rigorosas normas de qualidade, foi concedido INPI de origem para o cacau do Espírito Santo.
É este cacau especial que a PRAWER usa para a fabricação do seu chocolate.
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